8 de set. de 2010

A questão da estética - Platão e Aristóteles

Platão e Aristóteles se referem à arte com a palavra mímese, traduzida por imitação. A atividade artística para eles, implica na imitação de algo.
A teoria das ideias de Platão está em toda a sua filosofia e não seria diferente na estética. As coisas do mundo sensível não passam de cópias do mundo inteligível no qual se encontram as ideias. O belo é o bem, a verdade, a perfeição; existe em si mesmo, apartado do mundo sensível, residindo no mundo das ideias. A concepção de belo em Platão se afasta da interferência e do juízo do homem, ou seja, o homem não pode julgar o que é belo ou não, pois o que vê são apenas cópias imperfeitas das coisas que estão no mundo inteligível. A imitação é apenas uma tentativa de reprodução dos objetos sensíveis, sem nenhum outro objetivo. A mímese não passava de uma técnica de dissimulação da realidade.
Já Aristóteles, acredita que o belo seja inerente ao homem, afinal, a arte é uma criação particularmente humana e como tal não pode estar num mundo apartado daquilo que é sensível ao homem. Para ele, a imitação ou mimese faz parte da essência do homem, e quando em contato com o imitado o homem se agrada com a contemplação. A arte pode se referir ao universal, diferentemente das situações cotidianas que se limitam ao particular, ou seja, na vida cotidiana as coisas nem sempre acontecem de maneira satisfatória, e, a arte pode nos propiciar momentos em que tudo acontece da melhor forma, mesmo que seja uma fantasia, uma imitação.

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